Aprofundar o conhecimento sobre a diversidade de configurações familiares que pode encontrar na comunidade educativa;

Reflectir sobre os efeitos que a presença de alunos oriundos de contextos familiares muito diversificados tem sobre o dia-a-dia na sala de aula e ser capazes de integrar essa reflexão no modo como programa e orienta a prática docente;

Desenvolver estratégias de trabalho colaborativo, envolvendo administração escolar, colegas e famílias, capazes de favorecer a criação de espaços formais e informais aptos a propiciar o reforço do encontro e a qualificação da interação entre escola e famílias;

Adquirir competências de relação e de comunicação que permitam favorecer a inovação ao nível das práticas, de um modo que promova o aprofundamento do envolvimento das famílias na vida escolar dos seus educandos, concorrendo para a melhoria do respetivo sucesso escolar e de vida.

sábado, 17 de fevereiro de 2018

GERAÇÃO “CHICCO” (por Manuel Rangel)

Queremos, para as crianças, “escorregas” sem esquinas, sem pregos, sem parafusos ou farpas. Queremos jardins sem objetos pontiagudos, sem paus, sem pedras; queremos bancos de jardim sem rugosidades nem lascas; queremos redes e grades sem ferrugem; parques sem gravilha nem degraus, com pisos não abrasivos, com chão antiderrapante; queremos mesas sem cantos, degraus sem esquinas, corrimões boleados; janelas que não abram, portas que não fechem... Enfim, para ELES tudo muito seguro! Tudo sem qualquer perigo, sem riscos nem obstáculos!
(Talvez seja por isso que se veem, ultimamente, tantas crianças de 6-7 anos que sobem e descem escadas com tanta dificuldade e sem alternar os pés o que deveriam ter aprendido aos 3-4 anos de idade!) 

https://www.portoeditora.pt/espacoprofessor/assets/especiais/ed_preescolar/imagens/marco_2012.pdf

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Familias e escolas: uma relação complexa

Uma vez que a escola pública já não é um santuário, um território compartilhado foi construído entre a escola e as famílias, um território que articula educação e educação. As relações entre estas duas instituições de socialização da criança tornaram-se objetos de estudo privilegiados na sociologia da educação, da infância e da família.
Nos últimos anos, muitos estudos têm destacado a heterogeneidade das práticas e representações dos professores em relação às famílias e vice versa.
Numa altura em que o sucesso escolar é um pré-requisito para a integração profissional e social, as relações entre as famílias e as escolas são uma questão de primordial atenção, como evidenciam alguns estudos de que salientamos : "Escola contra pais" (D. Gayet, 1999); "Entre pais e professores, um diálogo impossível? (C. Montandon, P. Perrenoud, 1987) "Escola, famílias: o mal-entendido? (F. Dubet, 1997); "Escola e pais: a grande explicação" (P. Meirieu, 2000), entre outros que aqui mencionamos nas referências bibliográficas.

O desempenho escolar é medido, principalmente, através de avaliações que se referem à capacidade do aluno de processar informações e produzir uma resposta esperada. Para explicar a heterogeneidade desses resultados, são propostas várias abordagens, que não são mutuamente exclusivas.
Mais recentemente, o conceito de relação com o conhecimento enfatiza o papel das representações, como construções individuais e sociais contextualizadas, desenvolvidas pelo aluno que dá sentido e completa a sua presença na instituição escolar e a sua relação com o conhecimento escolar.
(...)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Almeida, A. N. de (2005). “O que as famílias fazem à escola: pistas para um debate”. Análise Social, vol. XL (176), pp. 579-593.

Almeida, A. N. de (Coord.) (2011). História da Vida Privada em Portugal. Lisboa: Círculo de Leitores (vol. IV).

Araújo, M. J. (2009). Crianças ocupadas. Como algumas opções erradas estão a prejudicar os nossos filhos. Lisboa: Prime Books.

Delgado, A. & Wall, K. (Coord.) (2014). Famílias nos Censos 2011. Diversidade e Mudança. Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais/INE.

Diogo, A. M. (2008). Investimento das Famílias na Escola. Dinâmicas familiares e contexto escolar local. Oeiras: Celta.

Montandon, C. & Perrenoud, P. (2001). Entre Pais e Professores. Um diálogo Impossível? Para uma análise sociológica das interacções entre a família e a Escola. Oeiras: Celta.

Ponte, C. (2011). Uma Geração Digital. Influência familiar na expeirência mediática de adolescentes.

Portugal, Silvia (2014). Famílias e Redes Sociais. Coimbra: Almedina.

Singly, F. (2012). Sociologia da família contemporânea. Lisboa: Edições Texto & Grafia.

Stoer, S. & Cortesão, Luiza (2005). “A reconstrução das relações escola-família. Concepções portuguesas de «pai responsável?”. In S. Stoer & P. Silva (Orgs.). Escola-Família. Uma relação em processo de reconfiguração (pp. 75-88). Porto: Porto Editora.

Vieira, M. M. (2015). “Pais desorientadores? O apoio à escolha vocacional dos filhos em contextos de incerteza”. In Maria Manuel Vieira (Ed.), O futuro em aberto (pp. 155-174). Lisboa: Mundos Sociais.

Vieira, M. M. (2007). “Em Torno da Família e da Escola: Pertinência Científica, Invisibilidade Social”. In Pedro Silva (Ed.), Escolas, Famílias e Lares. Um Caleidoscópio de Olhares (pp. 271-282). Porto: Profedições.

Favinha, M. (2010). Gestão intermédia nas escolas portuguesas – o caso do diretor de
turma e a mediação da coordenação curricular no conselho de turma. Ensino em Revista,
Uberlândia, v.17, n.1, p. 117-201.

Alho, S & Nunes, C. (2009). Contributos do director de turma para a relação escola-família. Porto Alegre, v. 32, n. 2, p. 150-158

Nogueira, M.A. (2005). A relação família–escola na contemporaneidade: fenômeno social/interrogações sociológicas. Análise Social, Vol. XL (3.º),63-578

Revista Análise Social


Vasconcelos, T (s/d) Aprender por projetos na Educação de Infância.